Planejar a chegada de um filho envolve muito mais do que amor e cuidados: requer uma leitura clara do orçamento familiar.
O planejamento familiar é um direito garantido por lei no Brasil e possui respaldo na Lei nº 9263, de 1996. A medida assegura acesso a métodos contraceptivos, orientação sobre gravidez e acompanhamento da regulação da fecundidade.
O Sistema Único de Saúde (SUS) cobra atenção especial a esse tema, e atualmente mais de 54% dos municípios afirmam atender a mais de 75% da demanda de planejamento familiar. Esse sucesso reflete o esforço coletivo de profissionais de saúde e a inserção de políticas públicas em todo o território.
Prever custos futuros é um dos pilares de um plano familiar consistente. Desde o pré-natal até a fase adulta, cada etapa gera despesas específicas que podem pesar no orçamento.
Nos anos 70, a média era de 5 filhos por casal no Brasil; hoje esse número caiu para cerca de 2. A mudança revela não só acesso à informação, mas também a necessidade de considerar previsão de custos a longo prazo antes de expandir a família.
O Instituto Nacional de Vendas e Trade Marketing (Invent) estimou o custo total de criação de um filho até os 23 anos. Os valores variam conforme o padrão de vida e incluem moradia, educação, lazer e outras despesas.
O levantamento mostra que o custo pode variar de R$ 53.700 a mais de R$ 2 milhões, dependendo da classe social, confirmando a relevância de incluir o valor das parcelas no planejamento.
Distribuir os custos em parcelas mensais é uma estratégia crucial para manter o equilíbrio financeiro. Mensalidades escolares, planos de saúde, alimentação e lazer podem ser planejados como pagamentos regulares.
É fundamental calcular o impacto dessas parcelas no orçamento familiar, verificando:
Esse olhar ajuda a definir quantos filhos são viáveis, o intervalo entre gestações e a escolha de métodos contraceptivos.
A decisão sobre aumentar a família envolve questões financeiras, profissionais e pessoais. Entre as principais motivações estão:
Entender esses fatores contribui para decisões mais conscientes e alinhadas à realidade de cada família.
Quando não há um acompanhamento financeiro rigoroso, as famílias podem enfrentar desafios graves:
Esses problemas reforçam a urgência de inserir as parcelas no orçamento familiar e contar com o apoio do SUS quando necessário.
O SUS oferece atendimento gratuito ou a baixo custo para métodos contraceptivos e acompanhamento pré-natal. Mais de 54% dos municípios atendem à maior parte da demanda, tornando possível orientar pais e mães sobre o impacto dos custos das parcelas no dia a dia.
Programas sociais também garantem subsídios para famílias de baixa renda, aliviando parte das despesas com educação e saúde.
O planejamento familiar é fundamental para consolidar a autonomia da mulher no processo de decisão. Ao avaliar o orçamento e parcelar despesas, elas ganham maior controle sobre o momento de engravidar e criam estratégias para conciliar carreira e maternidade.
Essa liberdade reforça a autoestima, reduz riscos de abandono e promove igualdade de gênero.
Para simular o valor das parcelas e tomar decisões conscientes, siga estas etapas:
Incluir o valor das parcelas no planejamento familiar é mais que uma boa prática: é uma necessidade para quem busca segurança e bem-estar. Ao estruturar cada etapa financeira, você fortalece seu projeto de vida, garante a educação e a saúde dos filhos e preserva a autonomia de toda a família.
Com o apoio do SUS, das políticas públicas e de ferramentas de simulação, é possível transformar sonhos em planos reais. Comece hoje mesmo a calcular e distribuir seus custos e viva um futuro mais tranquilo e próspero.
Referências