Ensinar finanças desde cedo cria adultos mais conscientes e preparados para o futuro.
No Brasil, o acesso à educação financeira ainda é bastante limitado. Apenas 21% dos brasileiros tiveram contato com o tema até os 12 anos de idade, segundo pesquisa do Ibope encomendada pelo C6 Bank. A maioria dos jovens só passa a lidar com dinheiro na adolescência ou na vida adulta, o que dificulta a formação de hábitos saudáveis de consumo e poupança.
Entre as classes sociais, há diferenças significativas: na Classe A, 36% tiveram educação financeira na infância, enquanto nas classes B e C esses índices caem para 22% e 19%, respectivamente. O papel da família é determinante nesse processo: 57% das crianças da Classe A aprenderam sobre finanças em casa, comparado a 38% na Classe C.
A conta digital para crianças não serve apenas para guardar dinheiro: ela funciona como uma ferramenta de aprendizado prático, estimulando habilidades fundamentais desde cedo. Ao manusear valores reais, a criança desenvolve:
Além disso, a conta digital infantil possibilita uso para recebimento de mesada, pagamentos controlados e até recargas de celular, tudo em um ambiente seguro e adaptado para menores.
As contas digitais para crianças reúnem recursos desenhados para tornar a educação financeira clara e atraente. Confira abaixo uma tabela comparativa das principais funcionalidades e seus benefícios:
No Brasil, diversas instituições oferecem soluções direcionadas ao público infantil e juvenil, cada uma com características próprias:
Embora a demanda por contas digitais infantis esteja crescendo, ainda existem barreiras. Cerca de 45% dos pais não compartilham informações financeiras com os filhos, o que revela a necessidade de maior envolvimento familiar.
Especialistas recomendam iniciar o diálogo sobre dinheiro desde os 2 anos de idade, adaptando a linguagem de acordo com o desenvolvimento cognitivo. Fintechs e bancos vêm investindo em conteúdos interativos e interfaces intuitivas para atrair crianças e adolescentes, criando experiências educativas graduais e divertidas.
Desde a pandemia, o número de contas digitais infanto-juvenis disparou. A digitalização dos hábitos financeiros nas famílias impulsionou soluções que unem praticidade e segurança.
As projeções indicam que o segmento seguirá em expansão, com bancos tradicionais e fintechs competindo por inovações como inteligência artificial, gamificação financeira e integração com escolas.
Embora movimentos para incluir educação financeira no currículo escolar avancem, sua implementação ainda é desigual. A participação ativa da família continua sendo o principal fator de sucesso.
Programas comunitários e parcerias entre bancos e instituições de ensino podem fortalecer a formação financeira, mas é fundamental que pais e responsáveis utilizem as ferramentas digitais como complemento ao aprendizado em casa.
Para aproveitar ao máximo os recursos da conta digital infantil, siga estas orientações:
Cultivar bons hábitos financeiros desde a infância é investir em um futuro mais sólido. Com as contas digitais infantis, as famílias têm à disposição uma ferramenta poderosa de educação financeira que, aliada a orientação e diálogo constante, pode transformar o relacionamento das crianças com o dinheiro e prepará-las para decisões conscientes na vida adulta.
Referências